Parte 1
Os jabutis, contam os mais velhos, sempre foram respeitados por sua sabedoria e prudência. Mas, por causa da ganância de um deles, todos os parentes passaram a ter o casco rachado.
Há muito tempo, um jabuti soube que uma grande festa estava sendo organizada pelas aves que viviam voando entre os galhos das florestas.
- Eu também quero ir – disse ele, pondo a cabecinha para fora do casco.
- Mas a festa vai ser no céu – explicou um papagaio. – Como é que você vai voar até lá?
O jabuti ficou com uma cara tão triste, que os pássaros, com dó dele, resolveram ajudá-lo.
- Olhe, nós vamos emprestar algumas de nossas penas para você.
E assim foi feito. A passarinhada, com pedacinhos de cordas, amarrou plumas coloridas nas patas dianteiras e traseiras do jabuti.
- Pronto, agora você já pode voar – comemoraram os pássaros. – mas tem outra coisa. Nessa festa cada um tem de usar um nome diferente. Qual vai ser o seu?
O jabuti, astucioso, depois de pensar um pouco, disse:
- Pra todos.
Na manhã seguinte, quando os galos começaram a cantar, os convidados já estavam acordados, prontos para partir rumo à festança.
Só que a viagem levou mais tempo do que pensavam, pois o jabuti não sabia voar direito e atrasou todo mundo.
Para ele decolar foi um custo. Os céus da África nunca tinham visto um ser voador tão desajeitado como aquele jabuti de asas reluzentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário